O adolescente está em uma fase muito especial da vida: está deixando de ser criança para virar adulto, uma fase de mudanças e novas experiências. A curiosidade é um dos maiores motivos que o leva a experimentar alguma droga e, depois de um tempo, passar a experimentar outras cada vez mais pesadas. De cada 10 adolescentes que experimentam drogas, um acaba virando dependente.
Indícios podem ser observados no comportamento, quando a pessoa se torna mais eufórica, ou com muita energia, ou disperso ou ainda com comportamento depressivo. Já do ponto de vista físico, é possível observas sinais como pupilas dilatadas ou muito contraídas, aceleração dos batimentos cardíacos, coordenação motora alterada, aumento ou diminuição do apetite, inquietação, ou alteração no sono podem ser consequências do uso de drogas. Preste atenção em alguns objetos, como canudos, seringas, lâminas de barbear, espelhinhos; estes são usados, geralmente, para o consumo de cocaína, por exemplo. Porém, é importante assinalar que o fato da pessoa apresentar um ou mais destes sintomas não significa necessariamente que está consumindo alguma droga, já que mudanças de comportamento ou alterações físicas podem ter as mais diferentes causas.
Quando o pai começa a desconfiar de mudanças de comportamento. Essa mudança é percebida principalmente aos observar os amigos do filho - ou ele muda as amizades, ou os amigos também começam a ficar com comportamentos diferentes. O indivíduo ainda pode ter uma piora do rendimento escolar na escola, ficar irritável, trocar o dia pela noite e conversar menos dentro de casa.
Sem dúvida, a principal forma de prevenção é os pais darem o exemplo sadio. É errado pais que deixam o filho experimentar e consumir bebida alcoólica, cigarro ou outras drogas dentro de casa, junto com eles. O certo é mostrar que o consumo dessas drogas é prejudicial à saúde e não manter esse hábito.
Em casos em que o dependente não consegue separar as coisas, está em um grau de dependência que perdeu a liberdade de escolher, pode ser até utilizada uma interação involuntária.
A família deve sempre buscar orientação e seguir todas as condutas que a equipe de saúde recomenda. Por exemplo: se a equipe fala "não pode usar drogas", a família não pode permitir uma única vez sequer que o filho use drogas. É difícil, porque muitos pais ficam com dó de ver o filho sofrendo com a abstinência e permitem, achando que usar apenas uma vez não terá problemas. Se a equipe também orienta que o paciente volte aos estudos, a família precisa incentivar isso. É uma medida para que ele volte à vida normal e se distraia. Há pais que deixam o filho ficar em casa, com medo de que ele se irrite demais ao forçá-lo a ir à escola.
Dependentes químicos mentem muito. Fazem isso quase sempre, de forma a parecer verdade o que dizem. Mas evidências e possíveis comprovações podem desmascará-los e mostrar a verdade. Como familiar, duvide do que eles dizem, porque um dependente químico mente para enganar-se, enganar os demais e permanecer na droga. As mentiras fazem parte da doença que destrói, além do corpo, o caráter. Dependência química é doença e precisa ser tratada. Não é brincadeira de fim-de-semana. Grupos de ajuda mútua para adictos às drogas, como os Narcóticos Anônimos, dizem que todo drogado irá cair em um dos três Cs: Clínica, Cadeia ou Cemitério. Isso é verdade e realidade, geralmente. Procure ajuda especializada o quanto antes, par ajudar quem você ama.
1- Tolerância. O dependente precisa de mais quantidade da mesma substância para obter os mesmos efeitos, ou da acentuada diminuição dos efeitos mediante o uso contínuo da mesma quantidade da droga. 2- Síndrome de abstinência. O dependente sente mal-estar quando pára de usar a droga (forte ansiedade, agitação, náuseas, vômitos, insônia, dor, depressão etc.). 3- Obsessão. Para adquirir a droga, o dependente faz coisas absurdas como roubar, gastar exageradamente, entrar em dívidas (até com os traficantes). 4- Exagero. A substância é usada em grandes quantidades e por um tempo maior do que o desejado. 5- Isolamento. Devido ao uso da substância, o dependente reduz ou abandona atividades profissionais, recreacionais e sociais.
Engana-se quem pensa que a dependência química é um desafio apenas para o usuário. Esse vício deixa todo o núcleo familiar co-dependente, e tem o potencial de devastar toda a relação e harmonia familiar. Para amenizar os danos, muito se ouve sobre a Internação involuntária, mas será que funciona? A verdade é que ajudar o dependente a reconhecer a doença e a necessidade de um tratamento é indispensável para frear as graves consequências que o vício traz, como perda de emprego, afastamento de amigos e falta de interesse na vida social. Em casos mais graves, a internação involuntária, ou seja, aquela em que o dependente é internado contra sua vontade pode ser a única solução viável para esse terrível quadro de dependência. Esse tipo de internação é previsto por lei e pode ser uma opção extremamente benéfica para o doente que se encontra além de suas capacidades mentais normais.
O auxílio doença é um benefício concedido para aqueles que contribuem com a Previdência Social e precisam se afastar dos seus postos de trabalho para tratar algum problema de saúde ou enfermidade. Assim, sendo a dependência química considerada uma doença, o trabalhador que precisar ficar em tratamento tem direito ao benefício. O valor do provento é variável segundo a contribuição de cada trabalhador. O tempo de afastamento pode ser prolongado, caso seja comprovada a necessidade de mais dias de acompanhamento médico e psicológico intensivo para tratar-se. Durante esse período, o dependente passará por diversas perícias com o objetivo de avaliar se ele está apto a voltar ao trabalho. É importante comparecer a todas elas para a manutenção do benefício, caso ainda não esteja liberado para o retorno. Normalmente, o valor costuma ser a média dos 12 últimos salários. Caso o segurado não tenha recolhimento (segurados especiais), ele tem direito a um benefício especial no valor de um salário mínimo.